A juventude não foi feita para o prazer, mas sim para o heroísmo!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A Fé explicada. Quem ama, conhece! E quem conhece, ama!

Nº 5

Por que estudar a Religião? — V

Na edição anterior, o autor(*) tratou da criação do homem; na presente ele versa sobre a imortalidade do Céu e do Inferno, como fundamento lógico da imortalidade da alma, do prêmio eterno que merece o justo, ou do castigo eterno que cabe ao pecador


Depois da morte já não haverá tempo nem para o mérito nem para o demérito, nem haverá lugar para o arrependimento

As mesmas razões que provam que a alma é imortal provam também que ela será eternamente feliz no Céu, ou eternamente desgraçada no inferno. A vida presente, com efeito, é o tempo da prova; e a vida futura é a meta, o término aonde deve chegar o homem inteligente e livre.

Depois da morte já não haverá tempo nem para o mérito nem para o demérito, nem haverá lugar para o arrependimento. Por conseguinte, os bons permanecerão sempre bons, e os maus sempre maus. É justo, pois, que sejam eternos também a recompensa dos primeiros e o castigo dos segundos.


A imortalidade do Céu e do Inferno

Deus ama necessariamente o justo, e é amado por ele. Por que, pois, se há de matar esse amor, posto que o justo permanecerá sempre justo? De outro lado, a felicidade da vida futura deve ser perfeita, e não seria perfeita uma felicidade que tivesse fim. Logo, o prêmio do justo deve ser eterno.

Análogas considerações provam que o castigo do culpado deve ser eterno. A alma penetra na vida futura no estado e com os afetos que tinha no momento da morte; e este estado e afetos são irrevogáveis, porque as mudanças não podem pertencer senão à vida presente, que é uma vida de prova, passada a qual todo ser fica fixado para sempre. O culpado persevera, pois, no mal: permanece eternamente culpado, e não cessa assim de merecer o castigo. “A árvore fica onde caiu: à direita, se caiu à direita; à esquerda, se à esquerda”.

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* Tradução de trechos do livro La Religión Demostrada, do Padre P.A. Hillaire, Editorial Difusión, Buenos Aires, 8ª edição, 1956, pp. 67-68.

Fonte: Revista Catolicismo, junho de 2009, Leitura Espiritual

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