Patrick (esq) e Anderson aprovam proibição do celular em sala. Foto Paulo Alvadia, Agência O Dia |
Luis Dufaur
O figurino do aluno
indisciplinado, à procura de droga e sexo na escola ficou desmentido pelo
estudo sobre ‘Percepções e Expectativas’ encomendado pela Secretaria Estadual
de Educação ao Instituto Mapear.
Os analistas ouviram 4 mil
estudantes e 1.200 pais e responsáveis em dezembro do ano passado. O jornal “O Dia”, do Rio de Janeiro, publicou expressivo resumo. O
jornal escreve:
Estudantes de escolas estaduais
do Rio querem mais limites, cobrança e disciplina dentro e fora das salas de
aula.
Ao contrário do que possa
parecer, a nova geração rejeita o excesso de liberdade.
Para alunos da rede, a escola
deveria controlar a frequência, fiscalizar a entrada de estranhos, exigir
uniforme, proibir celular na aula e até restringir namoro lá dentro.
Eles também defendem maior
rigor na punição de condutas inadequadas de colegas em sala e a adoção de
medidas para evitar a venda e o consumo de drogas no interior e no entorno
das unidades.
Para a estudante Isabelly de
Araújo Lima, 15 anos, do Colégio Estadual Pedro Álvares Cabral, em Copacabana,
o respeito deve ser recíproco entre alunos e professores.
“Tem que saber separar o ambiente
escolar da vida pessoal. Escola é para estudar”, diz ela, que também
aprova o uso do uniforme.
“A escola é o começo da
preparação da vida profissional do aluno. As grandes empresas vão exigir
disciplina, horários e regras de convivência”, diz Eliane Meneguite,
coordenadora pedagógica do C.E.David Capistrano, em Niterói.
Na unidade estuda Matheus Camelo
Araújo, 16 anos, aluno do 2º ano. Como ele, 66% dos estudantes pretendem fazer
faculdade. “Vou prestar Vestibular para cursos na área de Matemática, como
Engenharia”, planeja.
Outros 55% querem, após o Ensino
Médio, trabalhar, e 46% farão cursos profissionalizantes.
Estas boas tendências dos alunos
que levam a sério o estudo deveriam ser mais apoiadas pelas autoridades.
E não o contrário, como parece
estar acontecendo em muitas escolas cujos diretores e professores ainda estão
penetrados pelo esquerdismo contestatário dos anos ‘60 do século passado!
Fonte: IPCO, Abril 2012.