O lema-slogan do Fórum Social Mundial é “um novo mundo é possível”. Qual é esse mundo novo? A julgar pelo que aconteceu em Belém do Pará, trata-se do fim da civilização e do advento de um mundo anárquico-tribalista, do tipo descrito na profética obra de Plinio Corrêa de Oliveira, Tribalismo Indígena, Ideal Comuno-Missionário para o Brasil do século XXI. Um mundo em que a igualdade das selvas impediria qualquer organização baseada na reta ordenação das classes sociais; Jesus Cristo e sua Igreja são banidos, e em seu lugar surgem os “deuses” fetichistas e pagãos. É o comunismo tribal –– a etapa mais avançada dos devaneios de Marx em suas atormentadas noites de insônia, quando a ação deletéria dos fantasmas noturnos se exercia sobre sua imaginação...
Na rampa que vem dos esplendores da civilização cristã de outrora e se precipita, por meio de etapas sucessivas de decadência, no comunismo tribal, encontramo-nos presentemente num ponto já muitíssimo baixo, de nenhum modo aceitável. Os organizadores do Fórum e seus arditi esforçam-se por arrastar o mundo para o fundo desse poço. Nós temos em vista outros horizontes, delineados por Plinio Corrêa de Oliveira:
“Em nossos dias, há um anseio imenso por outra coisa, que ainda não se sabe qual é. Mas enfim — fato talvez novo desde que começou, no século XV, o declínio da Civilização Cristã — o mundo inteiro geme nas trevas e na dor, precisamente como o filho pródigo quando chegou ao último da vergonha e da miséria, longe do lar paterno.
“Esse algo novo, do qual não conhecemos os contornos exatos, pode-se entretanto delinear em termos gerais, como já o fazíamos em 1959, quando lançamos nosso ensaio Revolução e Contra-Revolução: ‘Se a Revolução é a desordem, a Contra-Revolução é a restauração da ordem. E por ordem entendemos a paz de Cristo no Reino de Cristo. Ou seja, a Civilização Cristã, austera e hierárquica, fundamentalmente sacral, antiigualitária e antiliberal’. Ora, precônio do Reino de Cristo é o estabelecimento do Reino de Maria do qual falam algumas assinaladas profecias”.