Marcelo Dufaur
Lamentando o fato de
que, a pretexto de “direitos humanos”, tenta-se impor à África uma agenda de
morte, a Conferência Episcopal da República dos Camarõespublicou expressivo
documento. O teor da declaração dispensa comentários. É um estímulo para todos
os católicos, eclesiásticos e leigos na defesa da sã doutrina e, ao mesmo
tempo, um corajoso exemplo de integridade e firmeza doutrinária católica em
prol de valores tão atacados pela Cristofobia.
Intitulado “Declaração
dos bispos da República dos Camarões sobre o aborto, o homossexualismo, o
incesto e o abuso sexual contra menores”, o documento foi divulgado em
diversos sites de Internet daquele país ? http://www.cameroon-info.net/stories/0,41326,@,m-urs-les-eveques-disent-non-a-l-homosexualite-declaration-des-eveques-du-camero.html
? mas quase não teve eco na imprensa de Ocidente, excetuados alguns poucos
corajosos blogs.
|
Em primeiro lugar,
face ao aborto provocado, os bispos defendem que “a vida humana é sagrada e
inviolável desde a sua concepção até a morte natural. Matar um embrião é matar
uma pessoa e destruir uma vida. Abortar ou fazer abortar são crimes como o
homicídio direto e voluntário. São pecados graves punidos com excomunhão, cuja
absolvição está reservada ao Papa, ao bispo diocesano ou aos padres
autorizados”.
Em segundo lugar,
sobre o homossexualismo, afirmam que “a ideologia do gênero se opõe à
concepção clássica das noções de família, gênero e procriação”.
E proclamam: “Nós,
bispos de Camarões, declaramos unanimemente o seguinte:
“O homossexualismo é
uma violação flagrante da herança de nossos antepassados e opõe a humanidade
contra si mesma e a destrói.
“Os atos praticados
no contexto da homossexualidade não são ‘sexuais’, mas ‘relações contra a
natureza’ (Rm 1,26).
“A união homossexual
não é casamento: ela falseia o sentido do casamento reduzindo-o a um liame
estéril, hedonista e perverso, ‘a infâmia entre homem e homem’(Rm 1, 26).
“Toda criança, rapaz
ou moça tem o direito de viver sua identidade ligada a uma mãe e a um pai.
“De fato, o
homossexualismo não é um direito do homem, mas uma alienação que danifica
gravemente a humanidade, ‘é uma abominação’(Lev. 18, 22).
“Recusá-lo nada tem
de discriminatório, mas é uma legítima proteção dos valores constantes e
milenares da humanidade diante dos vícios contra a natureza, pois o direito à
diferença só se justifica quando estiver fundado sobre valores humanos.
“Nós, bispos da
República dos Camarões, reiteramos nossa desaprovação à homossexualidade e às
uniões homossexuais. Exortamos, para este efeito, todos os crentes e todas as
pessoas de boa vontade a recusarem a homossexualidade e o pseudo-casamento
homossexual, e a acompanhar, entretanto, na oração, no acompanhamento
espiritual e na compaixão, visando à sua conversão, aqueles que são propensos à
homossexualidade e os homossexuais”.
Em quarto lugar, em
matéria de incesto, os bispos camaroneses afirmam:
“Nós condenamos
energicamente essa espantosa abominação que destrói o tecido familiar,
conspurca seus autores (cf. 1Co 5,ss), atrai a maldição sobre as pessoas
incestuosas (Dt 27,20) e pode provocar desgraças que vão até a morte dos
culpados, se eles não se arrependerem (cf. Lv 20, 11)”.
Por fim, sobre a
pedofilia afirma:
“Nós, bispos da
República dos Camarões, condenamos unanimemente os abusos contra menores sob
todas as suas formas”.
O documento é
assinado, em nome dos bispos do país, por Dom Joseph Atanga, presidente da
Conferência Episcopal e Arcebispo de Bertoua.
Nenhum comentário:
Postar um comentário